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Coronavírus e Doenças Reumáticas

7 Abril 2020

Recomendações para pacientes em uso de coronavírus.

1. As principais associações de reumatologia no mundo têm aconselhado aos pacientes com doenças autoimunes e reumáticas que não parem de tomar os remédios para as suas doenças por conta do medo ao coronavírus.

 

2. Atualmente, não há dados específicos sobre pacientes com doenças reumáticas ou que recebem remédios imunomoduladores. No momento, está sendo avaliado como é a resposta das pessoas com doenças autoimunes ao COVID-19. Porém, ter um sistema imunológico, que não funciona adequadamente e ser, adicionalmente, imunodeprimido pelos nossos remédios, provavelmente poderia fazer-nos mais vulneráveis a sermos contagiados pelo vírus o ficar gravemente doentes.

 

3. No momento, não existe nenhum tratamento farmacológico que possa ser fornecido como uma medida de profilaxia, nem se conhece claramente quando poderá estar disponível uma vacina,
ainda com ensaios clínicos sendo desenvolvidos. Desta forma, entretanto não existam dados sobre a influência deste tipo de medicação, os pacientes que tomam estes tratamentos deveriam seguir a regra habitual, e interromper a terapia, apenas se se produzem episódios infecciosos.

 

4. Pequenos estudos mostram que a cloroquina e a hidroxicloroquina podem ajudar tratar ou proteger às pessoas de doenças graves devido ao COVID, informação que está sendo ainda avaliada. Isto, muito provavelmente esteja causando a escassez deste remédio, utilizado por muitas pessoas com doenças autoimunes. Ficamos atentos com que as autoridades competentes
não deixem descobertos aos pacientes que estão tomando-o por indicação médica.

 

5. Considerando que o COVID-19 tem uma grande capacidade de transmissão, para minimizar a exposição ao vírus dos pacientes com doenças reumáticas, que possuem tratamentos biológicos
ou imunossupressores, recomenda-se que estes pacientes sejam avaliados, se possível, mediante consulta não presencial (telefônica, telemedicina, etc.), naquelas zonas com alerta sanitária estabelecida e, enquanto a mesma esteja aplicada.

 

6. Os pacientes reumáticos, recebam ou não o tratamento biológico ou imunossupressor, deveriam adoptar as medidas gerais recomendadas pelas autoridades sanitárias de cada país, respetivamente.

 

7. As autoridades sanitárias, através dos centros de controle para a prevenção das doenças e outras instituições semelhantes, têm salientado a importância de extremar a higiene das mãos, ou
seja, lavá-las frequentemente com sabão, pelo menos durante 20 segundos. Recomenda-se também, evitar o contato com pessoas que pudessem estar infetadas, especialmente aquelas tossindo ou espirrando. Ainda mais, deviera-se evitar o contato com pessoas que tiveram algum risco de infecção, mesmo que não apresentem sintomas. Assim mesmo, tanto os pacientes reumáticos quanto a população geral devem: evitar tocar-se a boca, o nariz ou os olhos; cobrir-se boca e nariz com o cotovelo flexionado ou pano (descartável) quando tossir ou espirrar e, caso esta sofra de alguma infecção respiratória, evitar o contato próximo com outras pessoas.
Igualmente, de acordo com o estado de alerta decretado em cada país, os pacientes, como o resto dos cidadãos, devem permanecer nas suas casas, salvo exceções de força maior.

 

8. Não se deve promover o uso de máscaras protetoras em pessoas que não estejam infetadas. De fato, tem sido demonstrado que apenas as máscaras N95 são eficazes contra o contagio por outros coronavírus (del. SARS). Por conta disso, a utilização de qualquer outro tipo de máscara pode produzir a sensação de falsa proteção. As pessoas não infetadas não precisam ficar nervosas e podem se sentir salvas. Entretanto, as pessoas suspeitas de infeção deverão, sim, utilizar máscaras para prever a transmissão da doença. Para maior informação, pode consultar os documentos das autoridades sanitárias de cada país.

 

9. Alguns dos medicamentos para doenças autoimunes podem ajudar às pessoas para combater o coronavírus. Pequenos ensaios na China e na Itália têm demonstrado que o tocilizumabe, que
inibe a IL-6, pode ajudar tratar às pessoas com pneumonia produzida pelo COVID. Se bem esta é uma das dúzias de remédios pesquisados para o coronavírus, muitos com doenças autoimunes já tomam este ou outro remédio que produz a inibição da sinalização da IL-6.

 

10. Por gentileza, consultem as fontes oficiais, o site do PANLAR ou das suas associações nacionais de reumatologia, suas redes sociais e as redes das entidades de saúde oficiais dos seus países, abstendo-se de compartilhar informação que não seja de fontes confiáveis.